O Outro Lado de Z
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Sim, o Shatner do título é o actor cromo de Star Trek, se bem que na perspectiva de “Where’s Captain Kirk?”, canção da banda punk Spizz Energi. William Shatner é referido no livro, mas não está nele. Na verdade, nem o autor sabe onde está. Do dito Shatner só interessa para o enredo que, num episódio desse clássico televisivo de ficção científica, era ele o fagotista de um grupo de música de câmara.
Yep: logo à partida, as referências musicais deste novo caudal de frases de Rui Eduardo Paes (carinhosamente mais conhecido por REP) – porque é de um livro sobre música que se trata – estão no rock and roll e na clássica, ainda que para falar de jazz, de improvisação e dessa música que se diz ser “experimental”. Também se passa pelo hip-hop queer e pelo nintendocore, por exemplo, mas afinal nenhuma forma de arte é uma ilha e tudo está, de alguma maneira, interligado. Até quando o que encontramos são as des-associações reais ou quimicamente induzidas que constituem a realidade. Os contos desta, nas páginas que aqui estão dentro, são os do sexo, da loucura e da morte.
A música não comunica nada, segundo Gilles Deleuze? Mentira: comunica-nos o desejo, esse grande motor do nosso quotidiano, a esquizofrenia que nos define como humanos e a atribulada relação que temos com a Grande Ceifeira. Para ler em ritmo de corrida, porque foi escrito em ritmo de corrida.
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- Características
Descrição
A vida de dois funcionários de call-center dá uma volta inesperada quando Z, uma misteriosa rapariga, começa a revelar dotes sobrenaturais, levando à especulação quanto à possibilidade de ser um anjo.
Informação adicional
Peso | 530 g |
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Dimensões (C x L x A) | 200 × 275 × 11 mm |
Autor | |
Tema |
Características
Autor: Europress
ISBN: 978-972-559-331-8
N.º de páginas: 108 páginas
Acabamento: Capa mole com badanas
Edição / Reimpressão: JAN2013